Iris

maio 13, 2013

iris_jorge_xerxes

faltam-me certas palavras e as letras exatas para expressar o que não é de hoje e as eras insistem colapsar ao instante em que rosas no deserto perfumam o éter traspassado pela coroa de luz como um feixe de espinhos atados a comprimir o vão em meu olho e dele corre uma lágrima ela não volta as lágrimas não retornam (ou-viram?) são irreversíveis quando vertidas de dentro agora quem vai secar a lagoa dessa tristeza em tudo que vejo amor?

Green glasses

maio 1, 2013

 green_glasses_jorge_xerxes

 

Bota esses seus óculos de lentes verdes,

pensa num planeta além da órbita

do próprio umbigo,

tanta gente necessitada,

tanta gente sofrida,

se olha no espelho,

tira esses seus óculos de lentes verdes,

bota a mão na consciência,

“como é se não a vejo”,

põe de volta os óculos de lentes verdes,

vê se tira os olhos do espelho,

de tanta gente sorrindo,

quanta bagunça na praia,

ela toda dentro da cabeça,

na forma da fumaça

de uns bauretes,

os radicais livres e em festa,

o sol,

(a-o)m(o-a)r,

se chafurdar na areia

A noite

maio 1, 2013

 

uma parceria inusitada com (do poema original d)a Sonia Regina

 

<<< A noite >>>

 

“aparece, pouco densa,

oferenda fabulosa e pura.

O vislumbre de uma passagem

do transcendente fogo dos deuses.

Numa quietude geradora parto

das ruínas, sem milagres nas mãos;

lavrados em nenhuma escritura,

a força atenta e o valor guerreiro

fundados no sangue”

 

o poema original aqui…

http://nanquin.blogspot.com.br/2013/04/o-poema-inedito-sonia-regina_30.html