Dentro da moreninha
março 24, 2011
Se o gelo fosse alimento,
Carlos comeria.
A insignificância de seus próprios momentos,
instantes do agora.
Carregando à face o denso bigode.
Tantos dias a errar pelo caminho.
Sim,
Carlos comeria.
Abraçaria suave a sua delícia.
Deixá-la-ia molhadinha.
Carlos tiraria a calcinha.
Botava de quatro,
enfiava com muito carinho.
Deslizaria gostoso
dentro da moreninha.
Ah, Carlos!
Uma nova estrela
no céu brilharia.
Junto ao gozo compartilhado
com a moreninha.
Assim é o amor:
beleza e alegria!
Compostura!
março 2, 2011
Ele – o poeta –
sobejo léxico,
nímio linotipista,
à penúria de teor
erigiu o silêncio.